Natalia Pasternak ganha novo prêmio para mulheres na ciência da Câmara dos Deputados

Presidente do IQC foi uma das três agraciadas da primeira edição do Prêmio Amélia Império Hamburger, iniciativa da Casa para homenagear cientistas que se destacaram no país

Foto: Jefferson Rudy/Agência

A presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC), Natalia Pasternak, foi uma das três vencedoras do Prêmio Mulheres na Ciência Amélia Império Hamburger, iniciativa da Câmara dos Deputados para reconhecer cientistas brasileiras que se destacaram por sua atuação no país. A cerimônia de entrega aconteceu nesta quarta-feira, 6 de julho de 2022. Também receberam a distinção a biomédica Jaqueline Goes de Jesus, integrante da equipe de pesquisadores responsável pelo sequenciamento genético dos primeiros casos de COVID-19 no Brasil, e a psicanalista Erika Parlato de Oliveira, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde pesquisa o desenvolvimento dos bebês, a interação deles com sua mães, a aquisição de linguagem oral e autismo.

Indicada pela deputada federal Luiza Erundina (PSOL/SP), a presidente do IQC concorreu com outras 26 cientistas indicadas por parlamentares por uma das três premiações, decididas em eleição com votação secreta por um conselho deliberativo liderado pelo segundo secretário da Mesa Diretora da Câmara, deputado Odair Cunha (PT/MG) e formado pelos deputados Katia Sastre (PL/SP), Milton Coelho (PSB/PE), Alice Portugal (PcdoB/BA) – autora do projeto que estabeleceu o prêmio -, Angela Amin (PP/SC), Carmen Zanotto (Cidadania/SC), Flávia Morais (PDT/GO), Lídice da Mata (PSB/BA), e Vivi Reis (PSOL/PA).

Atualmente morando em Nova York, onde é professora adjunta na Universidade de Colúmbia, Natalia enviou um vídeo aos deputados agradecendo a homenagem, em que destacou a importância da atuação das mulheres na ciência. Citando como exemplo pesquisas com primatas, a presidente do IQC lembrou como a chegada de cientistas mulheres mudou as perspectivas neste campo de estudo, trazendo uma melhor compreensão do comportamento e da organização social dos grupos de animais desta ordem, da qual também fazem parte os seres humanos.

“Sem diversidade de pessoas não existe diversidade de ideias”, ressaltou Natalia. “A ciência é feita de boas perguntas, e diversidade de perguntas só pode ser conseguida com diversidade de pessoas. Inclusão em ciência não é apenas uma questão de justiça social. É uma questão de melhorar a própria ciência, para que a gente possa fazer perguntas melhores, trazer visões diferentes. E é por isso que a ciência precisa de mulheres, negros, indígenas, comunidade LGBTQIA+”.

Instituído por resolução da Câmara dos Deputados aprovada em julho do ano passado, o Prêmio Mulheres na Ciência Amélia Império Hamburger homenageia esta física, pesquisadora, professora e divulgadora da ciência brasileira, falecida em 2011. Ao longo de mais de 40 anos de atuação profissional no Instituto de Física de Universidade de São Paulo (USP), ela se destacou pela defesa da ciência no Brasil, tendo papel importante na criação da Sociedade Brasileira de Física, além de ter escrito artigos e publicou artigos e orientados numerosas dissertações sobre filosofia e história da ciência. Entre seus livros estão “Obra científica de Mario Schenberg” (Edusp, 2008), vencedor do Prêmio Jabuti de 2010 na categoria Ciências Exatas, Tecnologia e Informática.

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