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Academia Brasileira de Ciências (ABC)
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) foi fundada em 3 de maio de 1916 no Rio de Janeiro sob o nome de Sociedade Brasileira de Sciencias (na ortografia original da época). A reunião original se deu no que hoje é a Escola Politécnica da UFRJ, com participação de pesquisadores do Observatório Nacional, do Museu Nacional, da Fiocruz e de outros importantes centros de pesquisa cariocas.
Trata-se de uma versão brasileira de sociedades científicas europeias centenárias, como a Royal Society britânica e a Academia Francesa de Ciências, criada com o objetivo de “estimular a continuidade do trabalho científico de seus membros, o desenvolvimento da pesquisa brasileira e a difusão do conceito de ciência como fator fundamental do desenvolvimento tecnológico do país.”
A ABC foi muito importante para a institucionalização e profissionalização da ciência no Brasil, e participou da fundação ou modernização de diversas universidades públicas na primeira metade do século 20. O projeto que deu origem ao Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) foi obra da ABC – e o primeiro presidente do CNPq, o vice-almirante Álvaro Alberto da Motta e Silva, era originalmente presidente da ABC. O CNEN, o INPE e o INPA também surgiram de comitês formados originalmente com colaboração ou participação da ABC.
O órgão também publica os Anais da Academia Brasileira de Ciências, a revista científica mais antiga do Brasil. Criada em 1917, passou por alguns percalços de periodicidade nos primeiros anos, mas permanece em circulação ininterrupta desde 1929.
Inspirada pela organização Academia Francesa, a ABC era dividida originalmente em três seções bastante abrangentes: matemática (que incluía astronomia), ciências físico-químicas (onde também se encaixavam as geociências) e ciências biológicas. Posteriormente, essas seções se desmembraram em unidades mais específicas – hoje, a ABC totaliza dez áreas.
O órgão tem três tipos de membros: titulares; estrangeiros e colaboradores. Em 2017, criou-se uma categoria extra, a dos afiliados. Os titulares são a nata da ciência brasileira. O título de estrangeiro é reservado a pesquisadores de outros países que contribuíram com o desenvolvimento da ciência no Brasil. Por fim, os colaboradores são um grupo mais numeroso e menos prestigioso, que a ABC define como “tendo prestado relevantes serviços à Academia ou ao desenvolvimento científico nacional”. Os afiliados são um grupo de membros jovens temporários, cuja adesão dura cinco anos e não é renovável.
Data de fundação: 3 de maio de 1916
Natureza jurídica: associação privada (399-9)
Presidente atual: Helena Nader (2022 a 2025)
Sede: Rio de Janeiro (RJ)
Site oficial: abc.org.br
Nome anterior
Sociedade Brasileira de Sciencias (1916 a 1921)
Informações mais recentes (06/06/22)
Número de afiliados: 1909